quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Harriet

a verdade é que tudo nela era poesia. em um primeiro momento, a voz podia até nem ser doce e agradável aos ouvidos. os olhos não eram nem verdes ou azuis. eram castanhos, sem nada de especial. as mãos eram grandes demais para uma menina, segundo um de seus namorados. os cabelos não pareciam uma cascata dourada pronta para hipnotizar aqueles que admirassem por mais de 5 segundos. mas ela era poética.
Harriet pensava que nada era por acaso. as coisas tinham sempre um motivo. não era por acaso que ela estava ali. não era por acaso que Harriet era ela. às vezes, ser quem era pesava, chegava a doer. ela era o tipo de pessoa que você jamais enjoa de ter por perto. na verdade, você a quer sempre por perto. quem mais imitaria as pessoas daquela maneira tão graciosa, fazendo os amigos rir gostoso numa mesa de bar? quem mais conversaria com você sobre qualquer assunto, mesmo que sequer entendesse muito sobre ele? Harriet estava sempre pronta a ser um ombro ou ouvido amigo. você jamais se sentiria sozinho se Harriet estivesse por perto. não é todo dia que se tem a chance de ter alguém tão dedicado ao seu lado. não é todo dia que uma Harriet se apaixona por você. não é todo dia que você é uma Harriet.