quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Harriet

a verdade é que tudo nela era poesia. em um primeiro momento, a voz podia até nem ser doce e agradável aos ouvidos. os olhos não eram nem verdes ou azuis. eram castanhos, sem nada de especial. as mãos eram grandes demais para uma menina, segundo um de seus namorados. os cabelos não pareciam uma cascata dourada pronta para hipnotizar aqueles que admirassem por mais de 5 segundos. mas ela era poética.
Harriet pensava que nada era por acaso. as coisas tinham sempre um motivo. não era por acaso que ela estava ali. não era por acaso que Harriet era ela. às vezes, ser quem era pesava, chegava a doer. ela era o tipo de pessoa que você jamais enjoa de ter por perto. na verdade, você a quer sempre por perto. quem mais imitaria as pessoas daquela maneira tão graciosa, fazendo os amigos rir gostoso numa mesa de bar? quem mais conversaria com você sobre qualquer assunto, mesmo que sequer entendesse muito sobre ele? Harriet estava sempre pronta a ser um ombro ou ouvido amigo. você jamais se sentiria sozinho se Harriet estivesse por perto. não é todo dia que se tem a chance de ter alguém tão dedicado ao seu lado. não é todo dia que uma Harriet se apaixona por você. não é todo dia que você é uma Harriet.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

é isso

é essa coisinha que dói lá no fundo, um incômodo que insiste em se colocar entre a gente. é problema meu mesmo essa mania de querer fazer ser tudo sempre perfeito. a vida real não é assim. amores reais não são assim. amor é sofrer. é chorar de noite sozinho no quarto. é sonhar com o outro. é discutir e depois querer voar pros braços daquele que a gente ama. é se doar um pouco, tentar ser melhor, pensar nas palavras que se vai dizer e, mesmo quando isso não acontece, tentar se desculpar por eventuais exageros, sempre tão comuns. a gente se ama, eu sei. mas o amor não sobrevive só com palavras ditas esporadicamente. amor é pra ser intenso, recriado a cada dia, reforçado a cada momento, nos pequenos gestos. amor é compreensão, é saber lidar com os defeitos do outro e entender que eles fazem parte. amor é paciência de saber esperar a hora certa.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

pensamento solto

eu só tenho um motivo para trabalhar tanto: juntar dinheiro e me arrancar daqui. eu sinto como se tivesse o mundo inteiro pra desbravar. um dia, à essa hora, estarei tomando um café em alguma parte do mundo. e certamente não será nesta aqui. :)

terça-feira, 19 de outubro de 2010

no hay dolor que para siempre dure

não existe coisa pior que você possa fazer do que me tratar com indiferença. detesto a forma como você faz eu me sentir desinteressante. me dói saber que há algum tempo estávamos tão mais próximos que hoje. não sei se é culpa de alguém ou se são coisas que acontecem. mas eu queria sentir de novo aquele nosso entusiasmo, das noites em claro conversando, dos beijos cheios de sentimentos que faziam eu me sentir mais viva. queria que você me chamasse outra vez para ver as estrelas, como daquela vez. mas essas coisas parecem ter ficado apenas nas suas lembranças mais remotas. e a minha angústia em aceitar que tudo isso está acabando me machuca um pouco, todos os dias.

raiva

existem aqueles dias que vocês sabe QUE NÃO DEVIA SAIR DE CASA. o dia é ruim, começou ruim, tem tudo pra acabar ruim. e não é pessimismo, é a lei da natureza. pra completar, sempre tem aquelas pessoas carregadas de energias negativas que vão dizer qualquer coisa que você nem se importaria se fosse outra hora, mas HOJE é diferente.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Oportunismo cor-de-rosa

É engraçado como se tornou fácil ser famoso hoje. Basta se envolver em algum caso de grande repercussão – positiva ou negativa – para que você seja lançado ao estrelato.

Em outubro de 2009, um caso chamou a atenção. A estudante de Turismo Geisy Arruda foi hostilizada pelos colegas da Uniban, interior de São Paulo, por um motivo bastante curioso: o seu vestido era curto. Bastante curto, conforme algumas opiniões. Não importou o fato de a moça ter as curvas avantajadas, ser loira e atraente (para alguns, isto é), os colegas não pouparam a pobre estudante e a ‘represália’ à menina do vestido rosa-choque tomou proporções surpreendentes. Na época, o caso dividiu opiniões. Enquanto alguns condenavam a atitude dos estudantes, achando-a absolutamente moralista e preconceituosa, outros apoiavam, alegando que a roupa da jovem realmente não era adequada para usar em um local como a sala de aula – estava mais para uma festa ou qualquer lugar que se permitisse vestir roupas tão “ousadas”, diga-se de passagem.

Em novembro de 2009, a Universidade anunciou a expulsão da jovem da instituição, alegando o “desrespeito a princípios éticos, à dignidade acadêmica e à moralidade”, mas revogou a decisão dois dias depois. A estudante, no entanto, decidiu que não retornaria à Uniban. Hoje, um ano após o ocorrido, a faculdade foi condenada a pagar indenização por danos morais de R$ 40 mil à ex-aluna.

O que de fato espantou nesta história toda não foi nem a rebelião moralista dos colegas da jovem (veja o vídeo em http://www.youtube.com/watch?v=5zKWQW_CADw&feature=related), mas como a ‘vítima’ se transformou em uma estrela literalmente da noite para o dia. Após o episódio que a tornara conhecida nacionalmente, a estudante, que foi humilhada, maltratada e agredida moralmente, foi musa de videoclipe de pagode e de rap, capa de revista, participou de vários programas de televisão e inclusive anunciou que iria leiloar o vestido – sua marca registrada – e a calcinha que usava no dia polêmico. Também fez cirurgias plásticas, ganhou aplique loiro no cabelo e foi uma das atrações no Carnaval de Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro. Claro que não é culpa da Geisy Arruda todos esses holofotes em cima dela. Afinal, ela foi vítima. O que é incoerente é a maneira como essa moça de origem humilde de São Bernardo do Campo usufruiu do episódio como uma forma de alavancar sua vida. Mesmo tendo o direito de retornar à Universidade, ela não voltou a freqüentar às aulas. Mas quem precisa de um bom português e de uma formação de nível superior quando se é uma celebridade, não é mesmo? Geisy quer mais é aproveitar seus duradouros 15 minutos de fama, que agora serão potencializados graças ao convite que a loira recebeu para participar da A Fazenda, programa da Rede Record.

Enquanto a ex-estudante de hotelaria – agora também empresária, depois o lançamento da sua grife, a Rosa Divino – fica confinada na casa mostrando seu belo bumbum na piscina e lutando para ganhar o prêmio de R$ 2 milhões oferecidos ao vencedor, sua defesa no processo movido contra a Uniban continua batalhando pelo pagamento de R$ 1 milhão exigido pela (ambiciosa) cliente.

Apesar de dizer que não gosta de falar sobre o assunto e que a lembrança do episódio ainda lhe traz muitas mágoas, Geisy não parece se importar em relembrá-lo quando a finalidade é injetar mais alguns zeros na sua conta bancária. Ela até promete contar o caso em detalhes em uma biografia polêmica (aguardemos!!). Oportunismo? Capaz. É só uma pobre garota que gostava de usar vestido curto e que sofreu com os colegas conservadores e moralistas.



(texto feito para a disciplina de Webjornalismo 2010/2, Fabico -UFRGS, e 'adaptado' para essa postagem)

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Conhecer

eu sou aquela que tu sempre vai amar. não importa o que aconteça, o que é nosso é nosso e não tem como ser diferente. nós nos pertencemos de um jeito que só os sentimentos mais profundos podem tornar possível. é em ti que eu penso quando eu estou feliz ou triste. é contigo que eu quero compartilhar tudo o que acontece e o que acontecer na minha vida. é contigo que eu faço planos que eu nem sei se conseguirei concretizar. é contigo que eu me sinto feliz. eu tenho certeza de que tu também pensa assim. isso tudo não é nada, tá? a gente aprende a lidar com todas as situações quando se envolve assim. não digo que é fácil. pelo contrário. à medida que tu conhece mais a pessoa características dela, antes tão escondidas, começam a vir à tona. às vezes é bom, outras nem tanto. o que importa é o que tu sente por ela. se tu realmente a quer, se tu realmente a ama e tem certeza disso, tu vai lutar contra qualquer coisa pra manter essa coisa linda que existe entre nós. eu vou estar sempre contigo, tu sabe. independente dos dias, dos meses, dos anos, não importa: eu sou pra sempre tua e tu é pra sempre meu. e isso ninguém muda.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Rumo ao vazio

a aula de hoje me despertou uma vontade de escrever sobre algo diferente: o vazio. não digo nada sobre vazio existencial, ligado aos sentimentos, mas sobre aquele vazio que assusta, que dá medo, que nos faz repensar o caminho que estamos dando à nossa vida. é sobre a incapacidade de criticar criticamente. sobre a dificuldade em compreender que o mundo vai além da internet e que, por favor, a expansão do acesso à televisão e à web não significa MESMO a democratização da informação. é sobre a necessidade que temos de parar (urgentemente) e refletir sobre o que estamos fazendo com nossos cérebros.
vou falar dos estudantes de jornalismo por dois motivos bastante relevantes: sou um deles, convivo com eles diariamente há quase três anos, e acredito que, devido à função que vamos exercer, caberia a nós possuir uma bagagem maior de conhecimento antes de sair por aí falando asneiras infundadas. acompanho a cada início de semestre o trote de boas-vindas que os veteranos dão aos seus bixos. conforme estes vão avançando no curso, temos a oportunidade de nos conhecermos. observo em cada um deles características muito interessantes. em sua grande maioria, são pessoas com um nível social mais elevado do que boa parte da sociedade. são relativamente críticas, mas sempre têm aqueles que sobressaem aos outros, é claro. são admirados pelas pessoas porque passaram no vestibular de uma das melhores e maiores universidades do país. o problema é que algumas coisas já estão cristalizadas na nossa sociedade. não é tudo culpa nossa, eu sei, e não é isso que eu quero dizer. mas me assusta quando percebo que essas pessoas que teriam tudo para serem mais esclarecidas estão presas nas masmorras da ignorância. não digo ignorante de maneira agressiva, mas sim no sentido de desconhecer assuntos importantes. me assusta que estudantes de comunicação sejam tão alienados do mundo real. desconhecer certos assuntos que não nos competem não é grave, mas desconhecer aqueles que dizem respeito à nossa própria profissão é inaceitável. como queremos ser jornalistas se sequer sabemos os nomes dos jornalistas de maior destaque do nosso próprio estado?
nessa ebulição de internet, advento da web, informações transbordando por todos os lados, novas mídias etc., etc, vivemos um caos informacional velado. "lemos" muito, aprendemos pouco (basta pensar em quantos sites você já acessou hoje e do que realmente lembra ter lido até o fim). aliás, transferimos nossa memória para fora do corpo. parece que esquecemos que precisamos ter memória. as novidades são a cada dia mais intensas, mas não sabemos aproveitar isso tudo de maneira inteligente. isso se deve, é claro, porque o 'sistema nos faz assim'. passamos o dia dando mil 'clicadas' na internet, mas o que realmente absorvemos de tudo isso? quantos livros interessantíssimos deixamos de ler porque perdemos horas e mais horas em frente a um computador fazendo nada de útil? o exercício da aula de hoje foi algo bastante bobo, mas que revelou o grau de mediocridade em que estamos todos inseridos. perdemos a referência, aquele caminho que nos leva à verdade das coisas. não há mais um norte que nos guie. estamos flutuando em mundo que avança a passos largos sobre nós. somos, a cada dia, engolidos um pouco pela cultura da mediocridade que nos envolve e conduz. lemos o jornal e não nos questionamos. perdemos a capacidade do senso crítico. somos a sociedade da preguiça mental generalizada.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

aprender

eu sinto raiva. e nos 10 minutos seguintes, me arrependo deveras por não ter engolido a seco. é preciso ter auto-controle. ou não.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

É mais

"você sabe que você me quer e não pode evitar. não é só por mero instinto que a gente treme quando está junto e já quer ficar mais perto no momento em que nossos corpos se tocam. não é à toa que você me procura e eu sempre cedo ao que você me pede. talvez haja entre nós uma espécie de paixão química, que vai além daquilo que nossos sentimentos podem explicar. você precisa de mim e eu de você, e nós sabemos disso. meu corpo te procura, enquanto tuas mãos deslizam por ele em busca de mais. meus lábios beijam teu pescoço e tua respiração mais perto me faz querer ser cada vez mais tua. tua boca beija meus seios com a vontade que só a gente conhece. minhas mãos percorrem teu corpo inteiro procurando sanar meu desejo de ti. enquanto nossos corpos se embalam naquilo que você chama de 'trepada', nossos corações pulsam mais forte por alguma razão que vai além dessas trivialidades que você insiste em dizer ser aquilo que nos une. "

domingo, 29 de agosto de 2010

Sentir

ele era mais que belo, era vivo. de um vivo contagiante que me levava aos lugares mais incríveis só pelo fato de eu estar ali, do seu lado. não precisei dizer nada. nem um gesto, nem uma palavra. só senti a sua mão tocar minha cintura e o sua respiração tão perto que me provocava arrepios pelo corpo. era a primeira vez que aquela sensação estranha percorria cada parte de mim. ele só me abraçou e pediu que eu ficasse calma. não hesitei.

sábado, 14 de agosto de 2010

Nostalgia

Faz tempo que não escrevo. A correria do meu dia a dia me tira o tempo de fazer uma das coisas que eu mais gosto. Escrever. Escrever não só sobre poesia, romantismo, paixão, amor. Mas escrever sobre o que é, de fato, importante e necessário ser discutido. E isso toma tempo, porque é necessário pensar, refletir, dosar as palavras de maneira a se fazer entender. Ter argumento. Sustentar ideias, ideais, ideias ideais. E tudo isso não se faz em 5 minutos, que é o tempo que eu gasto pra escrever a maioria dos textos que compõem este blog - abandonado, aliás.
Mais uma vez, pensei sobre ser jornalista. Um episódio que ocorreu na semana passada, durante uma aula (?) da faculdade fez eu repensar sobre o rumo que estamos dando à nossa profissão. A indignação de um lado. O descaso, do outro. É frustrante para ambos os lados. Nenhum deles espera do outro nada além do que a convivência superficial e o faz-de-conta de que está tudo bem, de que as coisas estão nos eixos, de que cada uma das partes envolvidas cumpre seu papel. Não está nada bem. Ainda mais em se tratando de uma universidade pública. Passamos por tantas dificuldades, tantos obstáculos e pedras no caminho. Já enfrentamos greves, descaso das autoridades para com o nosso ensino. Não temos os melhores recursos para praticar aquilo que aprendemos na teoria. E, quando temos, são sucateados. A única coisa que temos é uma cabeça pensante e vontade de ir além daquilo que esperam de nós. E nem isso estamos fazendo. Vestibulares não são mais parâmetro para nada. Não medem a capacidade de ninguém. Está se tornando frustrante sair de casa e ir para a faculdade. O tesão e a sensação de descoberta não mais existem. Não reconheço mais as pessoas. Não temos mais o ritual de ficar conversando no pátio, entre uma aula e outra. Quase não vemos mais nossos colegas e amigos. A vontade de "cair fora" logo para se dedicar somente ao trabalho é cada vez maior. E a dedicação aos melhores e, quem sabe, mais produtivos anos da nossa vida, ficam esquecidos num passado que, no futuro, trará grande nostalgia.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Let it be

e um dia eu parei de me preocupar. deixa estar, let it be. não adianta ficar nervosa. não adianta chorar, nem xingar o mundo. não dianta esperar que as coisas se resolvam sozinhas. não adiantar brigar com o tempo. com as pessoas. com o mundo.

domingo, 18 de julho de 2010

Para Ela

sabe o que mais dói? é não poder mais te ver todos os dias. não sentir o teu perfume depois do banho. olhar tuas roupas e saber que não voltarás a vesti-las. é abrir minha gaveta e encontrar a tua foto, aquela que eu mesma tirei, em alguma primavera de algum dos anos que passamos juntas. é não poder mais sentir teu cabelo fininho entre os meus dedos. é não saber mais como é tocar a tua pele macia. é não sentir mais o calor do teu abraço. é não poder mais te ajudar a escrever cartas para os filhos que moram longe.
mas o que mais dói mesmo é a sensação de vazio que a tua ausência me causa. é olhar pro lado e te enxergar nas pessoas, sentir teu perfume, ouvir a tua voz. o que mais dói é a saudade que deixaste, e que só cresce a cada ano, a cada aniversário teu, a cada data importante sem ti.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Inseguranças

Porque o medo é de que dê errado. Medo de ti, de mim. Medo que eu não consiga ser o que tu gostaria que eu fosse. Medo de que os nossos caminhos sejam diferentes. Medo que tu não me ache tão bonita nem tão apaixonante como no começo. Medo de perceber o teu olhar distante quando estivermos juntos. Medo de não saber lidar com as crises, com as brigas, discussões bestas, mas que machucam. Medo de que a gente deixe de se amar. Medo de não te reconhecer. Medo de te desconhecer. Medo de te ver com outra pessoa. Medo de gostar de alguém mais do que de mim mesma. Medo de já estar completamente entregue.
Mas mais que isso, medo de que nada do que eu diga ou faça seja suficiente para mostrar o que eu sinto.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Melosidades

Medo de se apaixonar - Fabrício Carpinejar

“Você tem medo de se apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de se conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa. Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo. Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Não suportar ser olhada com esmero e devoção. Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas. Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve. Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida. Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar. Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer. Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer, talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. Medo do imprevisível que foi planejado. Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue. Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. O corpo mais lado da fraqueza. Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado. Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente. Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam. Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo, que não queira repartir ele com mais ninguém, nem com seu passado. Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele. Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas. Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar mas deliciosamente rude para chamar, que ele se vire para não dormir, que ele se acorde ao escutar sua voz. Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz. Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas. Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer. Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção. Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas. Medo de que ele não precise de você. Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira. Medo do cheiro dos travesseiros. Medo do cheiro das roupas. Medo do cheiro nos cabelos. Medo de não respirar sem recuar. Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo. Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego. Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade. Medo de não soltar as pernas das pernas dele. Medo de soltar as pernas das pernas dele. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. Medo da vergonha que vem junto da sinceridade. Medo da perfeição que não interessa. Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida. Medo de estragar a felicidade por não merecê-la. Medo de não mastigar a felicidade por respeito. Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la. Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar. Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou. Medo de faltar as aulas e mentir como foram. Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar. Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha. Você tem medo de já estar apaixonada.”

domingo, 20 de junho de 2010

Metamorfose

E um dia ela descobriu que não tinha nada a ver aquela história de desconfiar. Não queria mais sentir a angústia por não ter sido a única dele e por ele não ter sido o único dela. Queria apenas desfrutar a sorte de terem se encontrado, de estarem juntos depois de tanto tempo. Foi engraçado quando percebeu as lembranças anteriores a ele sumindo de sua mente. Quase nem lembrava mais como era antes de estar ao lado dele. Quase já não era mais a mesma pessoa, e se sentia feliz por isso. Ele a mudara de tal forma que ela não mais se reconhecia. O vazio, que sempre a castigou, sumira. Sentia-se completa e feliz.
- Estaremos juntos para sempre -, ele disse, segurando a mão dela e elevando ao alto, em sinal de comemoração. Uma sensação boa tomou conta de seu corpo. Sorriu. O coração se sentiu aconchegado, como se ele o tivesse aquecido com as próprias mãos. Sentia vontade de passar o resto dos dias ao lado daquele que a transformara em mulher.

domingo, 30 de maio de 2010

In other words

"Fill my heart with song,
and let me sing forever more.
You are all I long for, all I worship and adore.
In other words, please be true!
In other words, I love you!"


sábado, 29 de maio de 2010

Fear

O mal do ser humano é a insegurança. Ela nos impede de fazer várias coisas, vivenciar situações, arriscar, apostar. Ela estraga nossa felicidade, destroi relacionamentos. Aprisiona. Te faz escravo. Te machuca. Faz doer.
Não é necessário se preocupar tanto. Vá com calma. Viva. Observe. Sinta. Não é necessário ser tão apreensivo. Tente enxergar com o coração, e não apenas com os olhos. Muitas vezes, eles são cegos. Não vêem aquilo que está debaixo, implícito. Não vêem aquilo de mais bonito. Não enxergam as boas ações. E tente ouvir com a alma. Os ouvidos (cansados) não escutam as belas palavras. Apenas as ruins, as pesadas, as que ficam ecoando na mente e que deixam o peito apertado.
Valorizemos aquilo que mais importa. Sejamos mais tolerantes. Aprendamos a confiar. Em nós e no outro.

domingo, 23 de maio de 2010

Coisa meiga!


Eu quero uma roupa dessas pro meu dog! :P

(tirei daqui)



domingo, 16 de maio de 2010

É verdade (é verdade)

Vem cá. Deita no meu peito e deixa eu te olhar enquanto tu pega no sono. Não, não, para de fazer de conta que não precisa disso. Todo mundo precisa. Todo mundo gosta de carinho, nem que seja um pouco. Ah, tu gostou do meu perfume? É aquele que tu disse que combinava comigo, lembra? Haha, eu sei, tu não lembra. Tá confortável? Para, não aperta minha barriga, tu sabe que eu não gosto. Ficou legal essa camiseta com o blazer de veludo. Ficam bem em ti. Combina. Tô falando sério, deixa de ser bobo. Teu cabelo tá bom assim, não precisa cortar. Não me belisca! Sabia que eu sonho contigo quase todas as noites? É verdade, é verdade (hehe). Sonhos bons, na maioria das vezes. Sonhar contigo é sempre bom. Ah, tu também? Haha, a gente tava em Mônaco? Que luxo! O meu sonho foi mais singelo. Já tá tarde. Daqui a pouco eu tenho que ir. Eu posso ficar, mas... será que eu devo? Claro que eu quero ficar mais contigo, mas é que tu vai enjoar da minha cara, sabe? Promete? Tá, acho que não tem problema se eu ficar só mais um pouquinho. Mas para de me morder, senão eu vou ficar braba contigo. Ãããi, não me morde!!! Por que tu faz isso? Me ama, sei. Eu também te amo.

Você sabe

o que nos leva a amar alguém?
São as qualidades visíveis da pessoa ou é aquilo de mais implícito que há nela, que nenhum de vocês sequer sabe que existe, porque é latente, mas que é o que, de fato, te liga a ela de uma forma inexplicável?

Dê a cara!

Porque chega um dia na tua vida que tu tem que parar de ser tão utópico e mergulhar de cabeça na realidade. É bom sonhar, é bonito, é confortante, eu sei. Mas a verdade é que, num momento ou n'outro, tu vai ter que escolher um caminho. Acho que todos nós deveríamos nascer com um sinalizador avisando quando "vai dar alguma merda" na nossa vida. Ou quando devemos mudar de tática - ou adquirir alguma, caso não a tenhamos. O que tu realmente quer? Onde tu quer chegar? Como tu quer chegar lá? Por que tu quer chegar lá? Será que tu está agindo certo? Será mesmo esse o caminho mais correto? Ou tu está só enrolando porque não sabe o que fazer e tem medo de encarar a verdade? Ela é dura, feia, chata, inconveniente, ok. Mas não dá pra viver sempre escondido, buscando isenção das taxas de crueldade impostas pela vida ao longo dos nossos anos de existência. Uma hora a tartaruga tem que colocar a cabeça pra fora do casco, companheiro. E, então, terá de encarar o inimigo. Pode conseguir escapar ou não. Pode se dar bem ou não. Mas o que mais pode ser feito a não ser tentar?

domingo, 9 de maio de 2010

Sentimentos

Porque há coisas que transcendem qualquer circunstância. Não é o que tu quer ser, mas sim o que tu é e como as coisas são quando estou contigo. É a maneira como tu me olha enquanto assistimos um filme no cinema, ou o jeito que tu segura minha mão e gesticula com ela, como se fosse a tua. É o teu perfume que fica preso em mim depois que a gente se despede. É a tua lembrança que parece tomar conta da minha vida, em todos os lugares, em todos os momentos. É o teu jeito de caminhar, o teu cabelo comprido caindo no rosto, a maneira como tu sorri, a maneira como tu fala.
Não é o que tu tem ou vai ter, mas o que temos e teremos juntos. Porque há coisas que transcendem qualquer circunstâcia, e estar contigo, tu sabe, é uma delas.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Je t'adore




... parce que vous enchantè ma vie :)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Óin

"Even at my worst, I'm best with you"
.
.
.
essa frase nunca foi tão verdadeira como é agora. (:

sábado, 17 de abril de 2010

Mais do mesmo


“Aos que não casaram,
Aos que vão casar,
Aos que acabaram de casar,
Aos que pensam em se separar,
Aos que acabaram de se separar.
Aos que pensam em voltar…

Não existem vários tipos de amor, assim como não existem três tipos de saudades, quatro de ódio, seis espécies de inveja.
O AMOR É ÚNICO,
como qualquer sentimento, seja ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus.

A diferença é que, como entre marido e mulher não há laços de sangue,
A SEDUÇÃO
tem que ser ininterrupta…

Por não haver nenhuma garantia de durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza, e de cobrança em cobrança, acabamos por sepultar uma relação que poderia
SER ETERNA

Casaram. Te amo pra lá, te amo pra cá. Lindo, mas insustentável. O sucesso de um casamento exige mais do que declarações românticas.
Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito mais do que amor, e às vezes, nem necessita de um amor tão intenso. É preciso que haja, antes de mais nada,
RESPEITO.
Agressões zero.

Disposição para ouvir argumentos alheios. Alguma paciência… Amor só, não basta. Não pode haver competição. Nem comparações. Tem que ter jogo de cintura, para acatar regras que não foram previamente combinadas. Tem que haver
BOM HUMOR
para enfrentar imprevistos, acessos de carência, infantilidades.
Tem que saber levar.

Amar só é pouco.
Tem que haver inteligência. Um cérebro programado para enfrentar tensões pré-menstruais, rejeições, demissões inesperadas, contas para pagar.
Tem que ter disciplina para educar filhos, dar exemplo, não gritar.
Tem que ter um bom psiquiatra. Não adianta, apenas, amar.

Entre casais que se unem , visando à longevidade do matrimônio, tem que haver um pouco de silêncio, amigos de infância, vida própria, um tempo pra cada um.
Tem que haver confiança. Certa camaradagem, às vezes fingir que não viu, fazer de conta que não escutou. É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão.
E que amar “solamente”, não basta.

Entre homens e mulheres que acham que
O AMOR É SÓ POESIA,
tem que haver discernimento, pé no chão, racionalidade. Tem que saber que o amor pode ser bom pode durar para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado.

O amor é grande, mas não são dois.
Tem que saber se aquele amor faz bem ou não, se não fizer bem, não é amor. É preciso convocar uma turma de sentimentos para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência.
O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.

Um bom Amor aos que já têm!
Um bom encontro aos que procuram!
E felicidades a todos nós!”

Artur da Távola

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Faculdade de que, mesmo?

Mas qual é, de fato, a função do jornalista?
Ainda lembro o motivo que me fez decidir ser jornalista. Ao contrário de muitos colegas, não foi só porque eu gostava de escrever, gostava de história e de literatura. Decidi ser jornalista quando percebi - e eu ainda acho que é assim - que o jornalismo podia, sim, ser uma forma de transformar as coisas, de melhorar o mundo. Parece ser um ponto de vista utópico, mas eu acredito no lema informar para transformar.
Não posso negar que me decepcionei muito ao entrar para a faculdade. E isso se deve muito ao convívio com grande parte de meus colegas da Comunicação. Fico impressionada com o desleixo e com a falta de comprometimento. Não posso afirmar que isso ocorre em todos os cursos da Universidade, mas posso dizer, com toda a convicção, que a Faculdade de Comunicação Social nunca esteve tão relapsa como agora. Parece ser um círculo vicioso: o aluno já é naturalmente descompromissado; o professor não cobra dele as devidas responsabilidades; o aluno vai levando a faculdade com a barriga; o professor "engole'' qualquer baboseira que ele escreveu naquele trabalhinho solicitado. Me indigna esse pacto de mediocridade. Nós fingimos que aprendemos; eles fingem que ensinam e fica tudo bem. E isso parece ser reforçado a cada semestre, tornando-se cada vez mais natural. É realmente lamentável ler coisas do tipo "estava jogando sinuca no DaCom e a professora veio trazer minha mochila, porque a aula já tinha acabado". E essa "praga" acaba afetando todo mundo, porque é o tipo de coisa que vai se impregnando, se espalhando e, quando vemos, faz parte do ambiente, é característica do lugar, do curso, dos professores e dos alunos. Não me agrada nem um pouco quando me perguntam onde eu estudo, porque à minha resposta, sempre é atribuída uma risadinha, um olhar, algum gesto que designa certo desprezo/deboche.
Talvez esse quadro esteja relacionado com a entrada de estudantes cada vez mais jovens - cerca de 17, 18 anos - no curso superior. E, como essa geração é marcada pelas novas tecnologias, redes de mídias sociais, ferramentas da web que permitem acesso a um fluxo muito intenso de informações diversas, é possível, também, que o problema esteja no excesso de informações que recebemos, que acaba dando a falsa impressão de que sabemos muito de tudo. O que é mentira, porque estamos cada vez mais nos informando superficialmente, aprendendo superficialmente, conhecendo superficialmente (isso é assunto para outro post) . É tudo tão rápido que falta tempo para o aprofundamento, para a reflexão, para o pensamento sobre o que lemos, ouvimos e, até mesmo, sobre o que escrevemos.
Quantos livros INTEIROS você leu no último ano? Quantos jornais INTEIROS você lê diariamente? Será que a figura do professor em sala de aula, falando, expondo o assunto, exemplificando, é realmente desnecessária? Será que não temos nada a aprender em nenhuma das aulas da faculdade?
Fica o questionamento. Porém, o que mais me preocupa, é o fato de que esse pensamento parece ser defendido por boa parte daqueles que são os futuros formadores de opinião. Só não sei com que ''bagagem'' intelectual farão isso. Eis que se perde a essência do jornalismo: o poder de transmitir a informação corretamente, o compromisso com a verdade e, sobretudo, o compromisso com a sociedade, principal vítima nisso tudo.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Amar - por completo


Passei muito tempo agindo da forma que imaginava estar certa. Na verdade, é essa justamente a forma correta. Até te conhecer. E aí eu não consegui mais. Tu entrou na minha vida e bagunçou tudo. Transformou tudo naquela bagunça gostosa em que só quem ama consegue encontrar as coisas. Me fez pensar sobre mim, refletir sobre o que é ser, realmente, feliz. Me fez acreditar em sonhos, príncipes, princesas, contos de fada. Em todas essas coisinhas bobas que as meninas sonham quando crianças, mas que quando crescem percebem que é uma farsa. Me fez encarar um dos meus maiores medos, que é o de se entregar por completo. Deixei nas tuas mãos dois poderes: o de me fazer a pessoa mais feliz do mundo e o de me destruir completamente, coisa que só um sentimento como este que nos une é capaz de fazer. E mesmo que um dia esse sonho acabe, e mesmo que tu deixe de me amar ou vice-versa, eu vou ter para sempre a certeza de que foi a melhor escolha que eu já fiz, porque amar assim só acontece uma vez na vida, e eu fico feliz de que seja contigo.

quarta-feira, 31 de março de 2010

C'est la vie

Ando meio mimfóbica ultimamente.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Lembra alguém?

"O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessoa; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê!"

(Florbela Espanca)

domingo, 28 de março de 2010

Não tem coisa melhor

Do que acordar numa manhã chuvosa de domingo, olhar pro lado e ter certeza de que é tudo verdade.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Hora feliz

A hora mais divertida do meu dia no trabalho foi quando o Sant'ana atravessou a redação se equilibrando, colocando pé ante pé, como se estivesse atravessando uma ponte e não houvesse onde se segurar. Instruções do seu fisioterapeuta, segundo ele. Cena curiosa.

Amadurecimento

Sabe, às vezes eu queria poder aprender sem ter que passar por todos os obstáculos que nos levam a crescer. Não digo "crescer" no sentido literal, mas sim no sentido de amadurecer. Não queria sentir a garganta apertar tantas vezes. Nem ter que sorrir para todo mundo, mesmo quando estou chorando por dentro. Não queria que a vida me impusesse tantas coisas. Parece que eu não vou dar conta de aguentar até o fim da jornada que ela preparou para mim. Especialmente para mim. Por outro lado, quero um dia poder contar para as pessoas que eu também tive um começo difícil, que sofri bastante até chegar onde eu estou, enfim, aquela coisa toda que contamos orgulhosos quando descrevemos nossa trajetória profissional de sucesso - amém. Eu só peço paciência a mim mesma para poder aguentar firme, sem desistir. "O começo é assim, mesmo, não fica assim"... Não aguento mais escutar essas coisas, embora seja exatamente a elas que eu me apegue quando sinto que vou desabar - o que tem ocorrido com certa frequência.

terça-feira, 9 de março de 2010

Sobre amar

Se apaixonar por alguém é algo que não requer muito esforço. O problema maior é fazer esse sentimento - quase sempre efêmero - se tornar algo duradouro, fazê-lo avançar de nível, perdurar. E quando isso acontece, então você chega no ceu.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Porque algumas canções fazem mais sentido que outras

"A love struck Romeo, sings the streets a serenade,

Laying everybody low, with a love song that he made
Finds a street light, steps out of the shade
Says something like, 'You and me babe, how about it?'

Juliet says, 'Hey it's Romeo, you nearly gimme a heartattack'
He's underneath the window, she's singing, 'Hey la, my boyfriend's back
You shouldn't come around here, singing up to people like that'
Anyway, what you gonna do about it?

Juliet, the dice was loaded from the start,
And I bet, then you exploded in my heart,
And I forget, I forget, the movie song
When you gonna realize, it was just that the time was wrong,Juliet?

Come up on different streets, they both streets were shame,
Both dirty, both mean, yes, and the dream was just the same,
And I dreamed your dream for you, and now your dream is real
How can you look at me as if I was just another one of your deals?

When you can fall for chains of silver, you can fall for chains of gold
You can fall for pretty strangers and the promises they hold
You promised me everything, you promised me thick and thin, yeah
Now you just say, 'Oh Romeo, yeah, you know I used to have a scene with him'

Juliet, when we made love you used to cry
You said I love you like the stars above, I'll love you till I die
There's a place for us, you know the movie song
When you gonna realize, it was just that the time was wrong, Juliet?

I can't do the talks, like they talk on the TV
And I can't do a love song, like the way it's meant to me
I can't do everything, but I'll do anything for you
I can't do anything 'cept be in love with you

And all I do is miss you and the way we used to be
All I do is keep the beat, and bad company
And all I do is kiss you, through the bars of a rhyme
Juliet I'd do the stars with you, anytime

Ah Juliet, when we made love you used to cry
You said I love you like the stars above, I'll love you till I die
There's a place for us, you know the movie song
When you gonna realize, it was just that the time was wrong, Juliet?

And a love struck Romeo, sings the streets a serenade,
Laying everybody low, with a love song that he made
Finds a convenient street light, steps out of the shade
Says something like, 'You and me babe, how about it?'
'You and me babe, how about it?' "


Romeo and Juliet - Dire Straits

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Pauta

Eram quase 22 horas quando recebemos a ligação: Eliseu Santos, secretário da Saúde de Porto Alegre, fora encontrado morto, há pouco, no estacionamento de um supermercado da Capital. Diante do ocorrido, começou a divisão das tarefas: Geral faz tal coisa; Política repercute o fato em âmbito político; desloca equipe até o local, fulano liga pra polícia, beltrano liga pra não sei quem etc. E eu só queria uma chancezinha de poder ajudar, uma só.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

(re)Começo

Sol. Calor. Feriado. E eu presa nessa redação. A vida é um ovo e eu sou a gema.